Realizada com 3.200 homens em oito capitais, pesquisa revela que 51% dos entrevistados nunca foram ao urologista. Nos dias 14 e 15, homens fizeram exames gratuitos na estação Sé do metrô de São Paulo
Pesquisa realizada em parceria pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e a Bayer HealthCare mostra que 51% dos homens nunca consultaram um urologista e a falta de tempo é a razão mais apontada por eles (33%), seguida de perto pela ausência de motivos (32%) ou por medo (15%). Divulgada no dia 14 de julho, véspera do Dia do Homem, em São Paulo, o evento reuniu 52 jornalistas dos principais veículos do país, como O Globo, O Estado de S. Paulo, Correio Braziliense, programa Bem Estar (TV Globo), programa Domingo Espetacular (TV Record), revistas Saúde é Vital e Viva Saúde e portais como iG e UOL.
O diretor de Comunicação da SBU Nacional, Carlos Sacomani, apresentou os dados da pesquisa realizada com 3.200 homens, com idade acima de 35 anos, em oito cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Curitiba. Entre os principais resultados, ele apontou duas importantes estatísticas: no quesito sexualidade, quando perguntado sobre quais são os incômodos na relação com a parceira, 64% responderam que é "falhar na hora H". Além disso, apenas 25% consideram procurar um médico quando "falham".
Sacomani alertou sobre a importância de o urologista diagnosticar a queda de testosterona em seus pacientes. "Os sintomas da DAEM ficam mais intensos com o passar dos anos e, quando tratados, os pacientes se beneficiam da reposição hormonal. Precisamos (urologistas) identificar esses pacientes e tratá-los", afirmou.
Já o presidente da SBU-SP, Roni Fernandes, ressaltou a segurança da reposição atualmente, que mantém o nível hormonal dentro do necessário. Além disso, afirmou que a reposição não causa câncer de próstata. "A DAEM é uma doença subdiagnosticada. Precisamos diagnosticar mais e a pesquisa mostra isso. A reposição hormonal tem contraindicações, não é para todos. Mas, quando se tem esse diagnóstico, ela melhora a qualidade de vida desses pacientes", afirmou o presidente da SBU-SP.
Após a apresentação dos dados, houve um debate sobre a pesquisa com os convidados: a sexóloga Regina Navarro, a endocrinologista Elaine Frade Costa, o cardiologista Maurício Wajngarten, o psicanalista Contardo Calligaris e os representantes da SBU. O debate abordou os principais temas da pesquisa: reposição hormonal, velhice, disfunção erétil, traição e prazer.
Um dado preocupante do estudo foi sobre o uso recreativo ou sem prescrição de medicamentos para disfunção erétil: 62% dos entrevistados utilizam essas substâncias por meio da automedicação, recomendada por amigos, na farmácia ou por meio de informações encontradas na internet. É importante ressaltar os riscos da prática da automedicação.
De acordo com a pesquisa, a disfunção erétil é o segundo problema que mais preocupa os homens, depois das doenças cardiovasculares. Outro dado importante revelado pela pesquisa é que 68% dos entrevistados não têm conhecimento sobre as diferenças entre repositores hormonais e estimulantes sexuais.
"É função do médico abordar o tema (disfunção erétil), expor as formas de tratamento e, durante as consultas, perguntar como está a vida sexual do paciente", afirmou Sacomani.
Mutirão de Saúde do Homem
A ação pelo Dia do Homem também contou com a realização de um Mutirão da Saúde Masculina - no qual foram oferecidos exames clínicos gratuitos como medição dos níveis de testosterona, glicemia, IMC (Índice de Massa Corporal), peso, altura, pressão arterial e circunferência abdominal - na estação Sé do Metrô nos dias 14 e 15.
Fonte: SBU
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